Para fechar a Série Especial da Semana do Meio Ambiente, trago entrevistas com dois catadores da região da Lagoa da Conceição.
Todo dia, há 5 anos, ele faz tudo sempre igual. Wilson Nascimento Simões acorda às 6 horas da manhã e sai à procura de materiais recicláveis na região da Lagoa da Conceição. O maior volume ele encontra nas lixeiras dos restaurantes, supermercados e outros pontos comerciais.
Wilson começou a coletar material reciclável para ajudar o irmão, catador do centro que utilizava um carrinho gaiola. O irmão faleceu e ele continuou, pois não tinha emprego fixo. Com o dinheiro que ganhou com a coleta, conseguiu comprar uma Kombi. O veículo fica abarrotado de materiais recicláveis, principalmente papelão.
Para aumentar o volume transportado, o catador acrescentou na parte superior uma gaiola feita de ferro. Wilson demonstra estar contente com o trabalho que executa hoje. “Os recursos obtidos com a venda do material sustenta hoje dez famílias”, orgulha-se.
Wilson Simões há 5 anos coletando recicláveis
Outro catador da região da Lagoa é o pioneiro “seu” sujinho, apelido que ganhou desde criança e que não lhe incomoda. Na carteira de identidade, “seu” sujinho é Helio de Aguiar, 60 anos, dos quais 40 ele trabalha com a coleta de material reciclável. “Antigamente nós coletávamos mais ferro, hoje é alumínio, papel e papelão. De papelão coletamos 5 toneladas por semana”, explica.
Carro de coleta de material Reciclável do seu sujinho
Ele coleta o material na Lagoa da Conceição e no Rio Tavares, localidade onde mora e é bem conhecido. Os materiais coletados são repassados aos intermediários que vendem para as empresas recicladoras.
A saúde de “seu” sujinho já não é mesma. O avanço da idade trouxe a falta de visão, o que lhe impede de dirigir. Agora, ele acompanha seu filho, Leandro de Aguiar, 28 anos, que segue os passos do pai. “Desde quando me entendo por gente eu trabalho na reciclagem”, argumenta.
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Um comentário:
Olá. Gostaríamos de contatar os personagens desta matéria para revisitá-los e também expor o belo trabalho destes catadores. Se possível, entre em contato através do e-mail redacao@jdalagoa.com.br. Obrigado.
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