sexta-feira, 14 de março de 2008

CONAMA desconsidera nitrogênio amoniacal e flexibiliza qualidade de efluentes finais de ETEs

O Conama alterou na quarta-feira (12/03) a resolução 357/2005 e passou a desconsiderar a quantidade de nitrogênio amoniacal na classificação dos efluentes de Estações de Tratamentos de Esgotos.

A decisão visa facilitar a implantação das Estações de Tratamento de Esgotos no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). Os conselheiros abriram mão da qualidade ideal dos efluentes para garantir tratamento satisfatório. Essa decisão é temporária e deve vigorar apenas enquanto os municípios se preparam para implantar os padrões ideais.

Um comentário:

Mateus Erdmann disse...

Exigência do setor de saneamento puramente comercial. Todos cobram as tarifas mensalmente pelo "tratamento" do esgoto doméstico porém não investem em tecnologias voltadas a melhora do processo. Ao invés de melhorar a eficiência da Estação de Tratamento com uma etapa de pós-tratamento, preferiram forçar a mudança na legislação para enquadrar os sistemas já problemáticos.
Contudo, o problema ainda persistirá pois nitrogênio amoniacal em efluentes possui uma demanda alta de oxigênio, é tóxico a peixes em função do pH e é fator limitante, junto com o fósforo, para a eutrofização.
Haja visto que o mesmo é limitante para a eutrofização, qualquer quantidade vai aumentar a população de algas no corpo hídrico. Em períodos de grande insolação, ocorre a elevação do pH em função do consumo de CO2 do meio por elas. A elevação do pH do meio levará a formação de amônio e este é altamente tóxico aos peixes.
DEVIDO A ISTO, PERCEBEMOS QUE NÃO HÁ QUALQUER CONSIDERAÇÃO AMBIENTAL DAS EMPRESAS ESTATAIS PARA COM O MEIO AMBIENTE.